Prazo final se aproxima para o cadastro da lavoura de soja
A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) alerta os produtores de soja para o prazo final do cadastramento obrigatório de lavouras em Goiás, que se encerra na próxima sexta-feira, 17 de janeiro.
De acordo com a Instrução Normativa nº 06/2024, publicada pela Agência, os agricultores goianos devem registrar informações no Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás (Sidago) até 15 dias após o encerramento do calendário de semeadura, finalizado em 2 de janeiro deste ano.
A gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Daniela Rézio, explica que o cadastramento é essencial para o planejamento de ações de monitoramento e controle fitossanitário no Estado. “O cadastro obrigatório das lavouras permite à Agência mapear as áreas produtoras de soja, subsidiando estratégias de prevenção e combate às pragas, como a ferrugem asiática que pode causar a desfolha precoce, impedindo a completa formação dos grãos e comprometendo a produção da cultura”, informa.
Faz parte do cadastro informações da área plantada, o sistema de plantio se irrigado ou sequeiro, o tipo de cultivar utilizada, a data do plantio e previsão da colheita, bem como a identificação do Responsável Técnico da lavoura.
Também é solicitado o CNPJ de onde foi adquirida a semente, ou se a semente foi produzida pelo próprio produtor, visto que a Agrodefesa é responsável por fiscalizar a sanidade e qualidade da semente de modo a assegurar o sucesso da germinação e produção agrícola.
Após a realização do cadastro eletrônico, o produtor deve efetuar o pagamento do boleto gerado pelo sistema, com a taxa correspondente. O cadastro só será validado após a confirmação do pagamento, assegurando que todas as etapas foram devidamente cumpridas, caso contrário a taxa fica em aberto e o produtor estará sujeito às sanções administrativas.
Expectativa
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê aumento de 11,8% na produção de soja em Goiás na safra 2024/2025. A estimativa é de mais de 18,8 milhões de toneladas do grão. Já a área destinada à cultura deverá ser de 4,95 milhões de hectares (aumento de 2,5% em relação ao ciclo anterior) e a produtividade média de 3.797 quilos por hectare (9,1% maior que o período 2023/2024).
“Goiás têm se destacado nacionalmente na produção agrícola graças ao comprometimento dos agricultores e ao trabalho contínuo da Agrodefesa. Reiteramos a importância de que os produtores cumpram com o cadastro de lavouras. Essas ações são fundamentais para garantir a sanidade vegetal, prevenir pragas e evitar perdas econômicas, assegurando a sustentabilidade e o crescimento da agricultura no estado”, destaca o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos.
Fonte: Comunicação Setorial da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) – Governo de Goiás
Expectativas para o mercado de sementes em 2025: alta tecnologia e sustentabilidade
O agronegócio brasileiro está à beira de uma nova era em 2025, com transformações significativas impulsionadas por inovações tecnológicas, práticas sustentáveis e um cenário econômico favorável.
Após um período de retração em 2024, o setor deve experimentar uma retomada robusta, com projeções de crescimento do PIB agro de até 5,3%, segundo o Banco do Brasil. Este novo panorama oferece uma combinação de desafios e oportunidades para produtores rurais e empresas do setor, que devem se adaptar às novas demandas do mercado.
O mercado de sementes em 2025 será impulsionado por tecnologias inovadoras, como plataformas de agricultura digital e IoT (Internet das Coisas). Essas ferramentas permitem um monitoramento mais preciso do solo e das lavouras, além da aplicação otimizada de insumos.
Tecnologias como sementes geneticamente modificadas e resistentes a pragas também devem ganhar mais espaço, contribuindo para o aumento da produtividade e para a resiliência climática.
Um Pilar Estratégico é a sustentabilidade que não é mais uma opção, mas uma exigência do mercado. Consumidores nacionais e internacionais estão cada vez mais conscientes e rigorosos quanto à origem dos produtos que consomem.
No mercado de sementes, práticas sustentáveis são vistas como um diferencial competitivo, especialmente em mercados internacionais, onde produtos certificados e sustentáveis são altamente valorizados.
O Caminho para o Futuro
Com a combinação de avanços tecnológicos e pressões por sustentabilidade, o mercado de sementes em 2025 está pronto para experimentar um crescimento significativo.
Empresas e produtores rurais devem investir em planejamento estratégico e suporte jurídico para atender às novas exigências do mercado. Além disso, a colaboração entre setor público e privado será crucial para superar os desafios regulatórios e logísticos.
O futuro do agronegócio brasileiro depende da capacidade do setor de inovar, adaptar-se e liderar na produção de sementes de alta qualidade, sustentáveis e competitivas, consolidando o Brasil como um dos principais players no cenário global.
Rio Verde Rural
Balança comercial goiana alcança superávit de US$ 6,6 bilhões em 2024
A balança comercial goiana atingiu superávit de US$ 6,6 bilhões no saldo da de janeiro a dezembro de 2024, de acordo com relatório da Superintendência de Comércio Exterior e Atração de Investimentos Internacionais, divulgado pela Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Serviços (SIC).
O resultado é reflexo de US$ 12,2 bilhões em exportações e US$ 5,6 bilhões em importações.
“Com uma gestão responsável do governo estadual, Goiás tem se destacado no cenário brasileiro com índices acima da média nacional em diversas áreas da economia e isso se reflete no desempenho da balança comercial. Pretendemos manter o trabalho que garantiu excelentes resultados em 2024, para que o ano de 2025 seja ainda melhor”, destaca o titular da SIC, Joel de Sant’Anna Braga Filho.
Destaques da balança comercial goiana
Rio Verde se destaca como o maior município exportador de Goiás, correspondendo a US$ 3,1 bilhões (29,88%) de todas as exportações realizadas pelo estado. Jataí e Mozarlândia vêm em seguida, representando US$ 1 bilhão (10,06%) e U$ 676,6 milhões (6,34%) dos valores exportados, respectivamente. O principal destino é a China, que recebeu 50,19% das exportações no ano passado.
A China também é o principal país de origem das importações goianas, representando uma parcela de 27,28% ao longo do ano, acompanhada por Alemanha (13,98%) e Estados Unidos (13,74%). Anápolis é o maior município importador do estado, recebendo 47,03% de todas as importações realizadas em 2024.
No levantamento referente apenas a dezembro de 2024, o saldo comercial goiano foi de US$ 302 milhões, apresentando valores de exportação de US$ 755 milhões e de importação de US$ 453 milhões. Referente aos produtos vendidos, destacam-se em 2024 o complexo soja (54,55%), carnes (18,79%), ferroligas (7,62%) e Complexo do Milho (7,57%).
Brasil
No mês de dezembro de 2024, a balança comercial brasileira teve saldo positivo de US$ 4,8 bilhões, apresentando valores de exportação de US$ 24,9 bilhões e de importação de US$ 20 bilhões.
Agência Cora de Notícias
Dias de Campo COMIGO 2025: conhecimento, inovação e tecnologia no campo
A Cooperativa COMIGO realizará, entre janeiro e fevereiro de 2025, mais uma edição dos Dias de Campo, eventos tradicionais que reúnem cooperados, produtores rurais, estudantes e profissionais do setor agrícola em diferentes cidades de Goiás.
Com entrada gratuita, a iniciativa visa apresentar as principais tendências, tecnologias e estratégias para aumentar a produtividade e a rentabilidade no campo.
Cada edição contará com uma vitrine de variedades de soja, destacando as cultivares mais adaptadas ao solo e clima de cada região, além de fornecer informações técnicas essenciais para o planejamento da safra.
Os participantes também terão acesso a recomendações dos pesquisadores do Centro Tecnológico COMIGO (CTC) e à apresentação de novidades no portfólio das Lojas Agropecuárias e das Sementes COMIGO.
Segundo o coordenador técnico comercial da COMIGO, Beckenbauer Ferreira, os Dias de Campo representam uma oportunidade para que os produtores acompanhem de perto o desempenho das variedades de soja, conhecendo resistência a lagartas, herbicidas e tolerância às condições climáticas e de solo.
Comigo
Desenrola Rural será lançado este mês para renegociação de dÃvidas, afirma ministro
Em vídeo divulgado pelo deputado estadual Adão Preto Filho (PT-RS), Teixeira informou que o projeto já foi aprovado no Congresso Nacional e acordado no governo federal, faltando apenas ajustes finais junto ao Ministério da Fazenda.
O programa, prometido inicialmente para o final de 2024, busca oferecer soluções simplificadas para os endividados do setor agrícola.
Durante visita a Porto Alegre, o ministro destacou os principais componentes do Desenrola Rural, que incluem a repactuação das dívidas com descontos significativos, a retirada do score negativo que limita o acesso dos produtores a novos financiamentos e a possibilidade de consulta de dívidas privadas para facilitar o crédito agrícola.
Essas medidas, segundo Teixeira, são estratégicas para restaurar a capacidade de investimento dos pequenos e médios agricultores, essenciais para o desenvolvimento do setor.
A iniciativa surge em um momento crítico para o agronegócio, que enfrenta desafios financeiros acumulados nos últimos anos. Ao simplificar o acesso a renegociações e aliviar restrições de crédito, o governo busca garantir que produtores rurais tenham condições de seguir operando e contribuindo para a economia.
A expectativa é que o programa seja um alívio significativo para milhares de agricultores que dependem de financiamentos para sustentar suas atividades e acompanhar o ritmo de crescimento do setor no país.
Olha Goiás
Exportações do agro somam US$ 164,37 bilhões em 2024, 2º maior valor da história
Apesar da retração de 1,3% no valor total, o resultado é o segundo maior da série histórica, segundo o Ministério da Agricultura. A queda foi atribuída à redução de 4,6% nos preços das principais commodities exportadas, parcialmente compensada por um aumento de 3,4% no volume embarcado.
O setor manteve sua relevância no comércio exterior brasileiro, representando 48,8% do total exportado pelo país, consolidando-se como um pilar essencial da economia.
Entre os destaques do desempenho agropecuário em 2024, estão o crescimento das exportações de carnes (+11,4%), produtos florestais (+21,2%), café (+52,6%) e o complexo sucroalcooleiro (+13,3%), que compensaram as quedas no complexo soja e em cereais, impactados por uma safra menor e preços internacionais mais baixos.
Produtos como açúcar, café verde, carne suína in natura, algodão e feijões secos atingiram recordes em volume e valor exportado. O ministério também destacou a performance de itens menos tradicionais, como limões, alimentos para pets e chocolates, que reforçam a diversificação da pauta exportadora brasileira.
Os setores mais representativos em valores foram o complexo soja, que somou US$ 53,9 bilhões, seguido por carnes (US$ 26,2 bilhões), complexo sucroalcooleiro (US$ 19,7 bilhões), produtos florestais (US$ 17,3 bilhões) e café (US$ 12,3 bilhões).
Luís Rua, secretário de Comércio e Relações Internacionais, destacou que o desempenho reflete o esforço conjunto do governo e do setor privado em diversificar produtos e mercados, promovendo uma maior inserção global do agronegócio brasileiro.
Mesmo diante de desafios, o setor reafirmou seu papel estratégico, impulsionando a economia nacional e ampliando a presença no mercado internacional.
Olha Goiás
Palmeiras de Goiás receberá reforço no agronegócio com investimento bilionário da COMIGO
Palmeiras de Goiás, município localizado no sul do estado, está recebendo um investimento da COMIGO que promete mudar o patamar da cidade referente ao agronegócio. A Cooperativa está construíndo uma nova esmagodora de soja que beneficiará toda a região.
Investimento histórico
De acordo com o Presidente Executivo da Cooperativa, o senhor Dourivan Cruvinel, esse é o maior investimento feito de uma só vez na história da Comigo: “Esse investimento é o mais volumoso feito de uma só vez pela Cooperativa nestes 50 anos. O custo total está projetado para cerca de R$ 1 bilhão e 300 mil.”
Capacidade da esmagadora
Essa esmagadora de soja está sendo projetada para contribuir significativamente com o agronegócio na região: “A nova esmagadora evidencia ainda mais a força do agronegócio em Goiás, sobretudo, a participação efetiva que a COMIGO tem nesse processo, através dos constantes investimentos no setor, que modernizam estruturas de produção e transporte, geram empregos e atraem empresas de outros segmentos ligados ao agro, que consequentemente, contribuem no desenvolvimento das regiões onde investimos.” afirma Dourivan.
“A capacidade de esmagamento da nova unidade será de 250 toneladas por hora – 6 mil/ton por dia – 500 toneladas a mais que na atual indústria, localizada em Rio Verde/GO.” finaliza o Presidente Executivo.
Por que Palmeiras de Goiás?
Dourivan explica que a cidade foi escolhida por se ter um ponto estratégico, que é a integração com a ferrovia Norte-Sul, o que contribui com o escoamento dos grãos: “Nos estudos e planejamentos que fizemos, achamos que o melhor lugar seria Palmeiras por alguns motivos ligados a viabilidade. O principal é que nós já tínhamos uma área lá em Palmeiras que está diretamente ligada à ferrovia Norte-Sul, uma das mais importantes do país quando falamos em transporte de grãos para exportação.”
Impactos Econômicos
A expectativa é que mais de 400 empregos sejam gerados com a nova esmagadora de soja na cidade, contribuindo com a economia local: “Temos a expectativa do aumento na geração de renda e receita para o município e da geração de diversos empregos na região.” enfatiza Dourivan.
O aumento na arrecadação de impostos e a geração de empregos contribuirão diretamente para o desenvolvimento do município que conta com cerca de 30 mil habitantes, segundo dados recentes do IBGE.
Funcionamento da esmagadora
As obras iniciaram em 2024 e, de acordo com a Cooperativa, a expectativa é que a esmagadora seja entregue no final de 2026. O Presidente explica que, quando em funcionamento, a unidade poderá receber grãos de todo o estado: “Não haverão restrições de região, mas logicamente os produtores que estiverem mais próximos da região serão responsáveis pelo maior fluxo.”
O investimento bilionário feito pela Cooperativa, aumentará significativamente o volume diário da empresa, que deve superar o total de 11 mil/ton, reforçando assim, a força da COMIGO no mercado e o compromisso da Cooperativa frente ao agronegócio.
Rio Verde Rural
Mulheres do campo terão mais segurança após parceria firmada entre FAEG e forças de segurança em Goiás
A FAEG (Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás) e a Faeg Mulher, firmaram no final de dezembro, uma importante parceria com o Batalhão Rural, Maria da Penha e aos programas Goiás Social e Goiás Por Elas, mantidos pelo governo do estado, para promover a segurança e o bem-estar das mulheres que vivem e trabalham no campo.
Surgimento do projeto
Angela Sebastiani, idealizadora do projeto explica como surgiu a ideia de levar mais seguranças para as mulheres do campo: “A ideia do projeto surgiu após uma conversa com a vice-presidente do CNA Mulher em que ela comentou que no Paraná, a polícia procurou a Comissão das Mulheres para desenvolver um projeto sobre segurança da mulher no campo. Diante desse conversa eu fiquei pensando: já que Goiás tem o melhor Batalhão Rural do Brasil, sendo referência, porque a Comissão das Mulheres não procurar o Batalhão para formar essa parceria e cuidar das mulheres que vivem na zona rural? Por isso surgiu a ideia.”
“Normalmente, essas mulheres são mais esquecidas. Em questão da segurança que é um fator primordial, já que na cidade as mulheres tem uma delegacia, tem o batalhão Maria da Penha, vizinhos e pessoas que podem ajudar e no campo, as mulheres vivem mais isoladas e distantes de ajudas, por isso pensamos na ideia.” conclui Angela.
Importância da parceria
“A importância da parceria com o Batalhão Rural e da Maria da Penha é além de levar a segurança para essas mulheres, é também levar o conhecimento, informação sobre o que é violência, pois grande parte delas se submetem a violências e não sabem o que estão sofrendo. Muitas delas pensam que violência é só aquela agressão física, mas não, tem a violência patrimonial, violência pela internet, então essas informações também serão importantes para elas.” explica a idealizadora do projeto.
Funcionamento do projeto
Com a parceria firmada com as forças de segurança, Angela explica como que o projeto funcionará: “Os Batalhões farão as rondas, mas a divulgação do projeto será nas reuniões nos Sindicatos Rurais. Ao todo, temos 121 Sindicatos que somam com a gente, mas queremos atingir os 246 municípios goianos, levando informação e explicando quais os tipos de violência existentes e a parceria entre a FAEG, FAEG Mulher e Batalhões é divulgar sobre as violências existentes e falar para as mulheres do campo que elas estão seguras.”
“Outra informação que queremos levar é que o Governo do Estado tem programas que dão apoio as mulheres após a denúncia. Muitas mulheres não denunciam por medo de ficarem desamparadas, já que na maioria dos casos, o homem é o provedor da família. A ideia de mostrar os programas que o Governo tem para elas é um grande fator para elas buscarem essa ajuda, pois sabemos que os casos de feminicídios são apenas a ponta do Iceberg, antes, há muitos relatos de violências contra essas mulheres.” finaliza Angela.
Participação
É importante destacar que todas as mulheres que vivem na zona rural, farão parte do projeto: “Não tem um fator específico para participar, a ronda passará em todas as propriedades rurais. Toda fazenda que for credenciada no batalhão rural, a ronda será feita. É feita de maneira aleatória e o batalhão rural além de fazer a ronda, passará com os materiais informativos, sobre como a mulher pode buscar ajuda, onde ela vai buscar essa ajuda.” afirma a idealizadora do projeto.
Início das atividades
O projeto tão importante para a segurança feminina no campo deve começar ainda em janeiro: “A nossa meta é começar agora em janeiro, já com as reuniões nos Sindicatos. O batalhão rural já está com os materiais informativos em mãos e já está fazendo as visitas. Devido aos recessos de final de ano, agora em janeiro iniciaremos com tudo na divulgação do projeto e levar informação ao maior número de mulheres possível.” enfatiza Angela.
A iniciativa se mostra fundamental para aumentar a segurança das mulheres no campo e diminuir os índices de violência no estado. O trabalho é árduo mas fundamental para que Goiás siga se destacando no âmbito de segurança pública.
Rio Verde Rural
Lavouras de Rio Verde e região tem sofrido com a presença de percevejo castanho
Os desafios na agricultura são constantes e variados. Um dos mais preocupantes é a presença de insetos nas lavouras e na região de Rio Verde, um dos insetos que tem causado dores de cabeça aos produtores é o percevejo castanho.
Identificação
Com o inseto presente na região, o zootecnista da Comigo Leonardo Oliveira explica sobre as maneiras de identificação da presença dele nas lavouras: “A principal forma de identificação são os danos causados. Quando chegamos nas áreas que acometem os casos de percevejo castanho, nós percebemos os danos.”
“Ele é um inseto de características subterrâneas, então raramente vamos vê-lo na superfície do solo. Preferencialmente, para identificá-lo fora do solo, via superfície, seria em revoadas no período da tarde ou no período da manhã, mas o ideal é cavar o solo e pega-lo nas raízes, pois é o ambiente em que ele sobrevive.” conclui o profissional.
“A principal característica então são os danos causados nas pastagens. É um inseto marrom de cerca de 1cm e fica no solo. Ele se potencializa na umidade, então pós chuva ou nesse período em que estamos, de verão com a presença de chuvas, ele está mais aflorado no solo, mais razo. No período da seca, o inseto fica em uma profundidade maior, buscando justamente essa umidade.” finaliza Leonardo
Danos e prejuízos
O zootecnista explica ainda que o inseto pode causar danos e prejuízos ao produtor rural: “O principal prejuízo é a perca de produtividade, pois o inseto pode acometer áreas agrícolas em geral, como soja, milho, sorgo, algodão, porém, o foco hoje é nas áreas de pastagem. O primeiro dano é na perca de produtividade, notamos que essas áreas não conseguem entregar o mesmo desempenho.” afirma Leonardo.
“Uma característica é a perca da pastagem em boleira, então uma área que a pastagem secou dessa maneira é uma característica do inseto e quando ele começa a se movimentar no solo, podemos ter grandes percas de produtividade como já tem acontecido esse ano na região. Esses casos também são devidos a seca extrema que tivemos no último ano, para se ter uma ideia, algumas propriedades ficaram 186 dias sem chuvas, com isso, áreas que foram atacadas pelo inseto no último verão e uma seca extrema, a pastagem não rebrota e vai ser preciso entrar com uma reforma agora nesse verão.” finaliza o profissional.
Combate ao inseto
Com os riscos iminentes de percas de produtividade e a possibilidade de prejuízos, é importante combater esse inseto para que ele não avance no solo: “O primeiro ponto para o produtor é zelar da qualidade nutricional do solo e do pasto. Então, se o produtor tem uma área que está sendo bem produtiva com alta qualidade nutricional, ela minimiza os impactos que o percevejo vai causar nela, então por mais que inseto esteja presente causando danos, será de menor impacto.”
“Um outro ponto importante é fazer o monitoramento da área. Então o produtor hoje, precisa começar a monitorar as suas áreas. Esse monitoramento vai variar de acordo com cada região, se na propriedade ou região tiver histórico, deve ser feito com maior frequência. Essas seriam algumas formas preventivas contra o inseto.” alerta Leonardo.
“Quando chegamos na parte de controle, a situação fica um pouco mais difícil. Isso porque precisamos pegar um produto que atinge um inseto que fica debaixo da terra, por isso a solução é mais complexa. O que temos feito é trabalhar bastante com produtos biológicos, seguindo as orientações e aplicando de maneira correta, por isso a importância do acompanhamento de um profissional.” finaliza o zootecnista.
Diante das explicações, é notório que os desafios estão presentes no agronegócio e monitorar as áreas e agir na prevenção, ainda são maneiras de evitar dores de cabeça. Entretanto, na menor possibilidade de presença do inseto, o produtor deve acionar um consultor de sua confiança e agir de maneira assertiva para combater o inseto e diminuir os danos nas lavouras
Rio Verde Rural
Pesquisas recentes desenvolvidas pela Ingal Agrotecnologia, em parceria com a Universidade Federal de Santa Maria, apresentam uma nova solução para o combate à cigarrinha-do-milho, uma praga que causa danos significativos nas lavouras de milho.
A tecnologia orgânica, batizada de Organic Bloom HydroProtect, é composta por ácido fítico, aminoácidos e mucilagem extraídos de fontes vegetais, e promete revolucionar o manejo dessa praga. De acordo com um estudo da AgroRattes, a aplicação do produto gerou um aumento de 15,9 sacas de milho por hectare, além de reduzir os níveis de enfezamento das plantas em 39%, durante a safra 2023/24.
A eficácia do produto foi comprovada após cinco pulverizações de 300 mL/ha, iniciadas no estádio fenológico V2, com intervalos de sete dias entre as aplicações. A pesquisa revelou ganhos não apenas na redução de doenças, mas também em características agronômicas, como maior espessura de colmo, mais fileiras de grãos por espiga e maior peso das espigas. A diretora de Pesquisa e Desenvolvimento da Ingal, Cristiane Reis, destacou que o produto não causou fitotoxicidade, o que representa um avanço no manejo sustentável da praga.
A cigarrinha-do-milho é um dos principais vetores de doenças que afetam a produção de milho na América Latina, como o enfezamento-pálido e o enfezamento-vermelho, responsáveis pela queda na produtividade. Com a alta mobilidade e a capacidade de atacar a cultura desde as fases iniciais, essa praga tem causado perdas significativas nas lavouras, especialmente no sul do Brasil. A nova tecnologia, portanto, não só oferece uma solução para o controle da cigarrinha, mas também representa uma oportunidade para melhorar a produção de milho de forma sustentável e sem prejuízos à saúde das plantas.
Olha Goiás
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