Semad recomenda cuidados na coleta de lixo, aterros e lixões para combater a dengue
A secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás, Andréa Vulcanis, enviou ofício às prefeituras dos municípios goianos com orientações para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti na coleta de lixo e nos aterros sanitários ou lixões que ainda não tiverem sido encerrados.
O Aedes é o vetor de transmissão da dengue, zika e chikungunya.
Na parte de manejo dos resíduos, a Semad recomenda, sobretudo, que se realize a coleta de lixo com frequência, de modo a garantir que não ocorra acúmulo de água e, por consequência, a criação de ambientes propícios à proliferação do mosquito.
A secretaria pede que latas de lixo e outros recipientes de coleta espalhados pela cidade estejam tampados e em boas condições. Em paralelo, sugere campanhas de educação ambiental que incentivem a separação de materiais em orgânicos e recicláveis, com o objetivo de reduzir a circulação de resíduos que possam acumular água.
Aterros e lixões: combate à dengue
Nos aterros e nos lixões que ainda não foram encerrados, a Semad orienta às prefeituras que façam a cobertura diária dos resíduos, utilizando camadas de terra ou outros materiais inertes para cobri-los. Também é importante eliminar pontos de água parada, como pneus e recipientes plásticos.
Recomenda-se às prefeituras que mantenham a drenagem eficiente, tendo em vista que sistemas adequados de drenagem evitam o acúmulo de água nas áreas de disposição de resíduos e no entorno.
É fundamental fazer o controle da vegetação, de modo a manter o entorno do aterro ou lixão limpo (uma vez que áreas com vegetação alta podem dificultar a visualização de focos), e avaliar a viabilidade do uso de larvicidas em parceria com os órgãos de saúde, se for necessário.
Por fim, a Semad orienta as prefeituras a treinar os trabalhadores que operam aterros e lixões sobre as medidas preventivas e sobre como fazer inspeções regulares, enquanto o próprio município deve dar continuidade às ações previstas no programa Lixão Zero (instituído pelo decreto estadual 10.367/2023).
Agência Cora de Notícias
HDT alerta para riscos da dengue e reforça prevenção
A dengue é uma doença séria que exige atenção, independentemente do sorotipo viral envolvido. O Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), unidade do Governo de Goiás gerida pelo Instituto Sócrates Guanaes (ISG), referência em infectologia, recebe os casos mais graves da doença via regulação estadual e reforça a importância de ações preventivas para conter o avanço da dengue, especialmente durante o período chuvoso.
Transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, a dengue possui quatro sorotipos (1, 2, 3 e 4), todos capazes de causar sintomas como febre alta, dores musculares intensas, cefaleia e manchas vermelhas na pele. Em alguns casos, a infecção pode ser assintomática.
Dengue
A médica infectologista do HDT, Marina Roriz, destaca que embora o sorotipo 3 tenha recebido maior atenção recentemente por não estar em circulação há um longo período, todos os tipos do vírus podem evoluir para quadros graves, demandando o mesmo cuidado no diagnóstico e tratamento.
“O que preocupa em relação ao tipo 3 é que grande parte da população está suscetível a ele, já que muitos tiveram dengue pelos sorotipos 1 ou 2. Quando ocorre uma nova infecção por um sorotipo diferente, o risco de agravamento da doença aumenta”, explica a infectologista.
Ela também ressalta que a abordagem médica não varia entre os sorotipos, sendo focada no alívio dos sintomas.
“O tratamento é sintomático, com controle da dor, hidratação e monitoramento de exames, como a contagem de plaquetas e o hematócrito”, completa.
Em 2024, o HDT registrou 341 casos confirmados de dengue, incluindo seis óbitos decorrentes do agravamento da doença. Até o momento, em 2025, a unidade já notificou 16 casos, com três confirmações.
Os números reforçam a necessidade de intensificar as ações de conscientização e controle do mosquito, especialmente com a chegada das chuvas, que favorecem a proliferação do Aedes aegypti.
Precauções
A principal forma de prevenção contra a dengue é a eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti. Medidas como evitar o acúmulo de água parada, usar repelentes e roupas de manga longa ajudam a reduzir o risco de contágio.
Além disso, a vacina contra a dengue é uma ferramenta importante. Em Goiás, atualmente a vacina está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para a faixa etária de 6 a 16 anos.
Agência Cora de Notícias
Professora de Heitoraà é a primeira morte por dengue confirmada em 2025
Uma professora de Heitoraí, na região Central de Goiás, é a primeira morte por dengue confirmada em 2025 no estado. A vítima tinha 58 anos. Além do óbito registrado no município, seis mortes estão sob investigação: quatro em Goiânia, uma em Mozarlândia e outra em São Simão.
Damiana Gonçalves, de 58 anos, era professora em Heitoraí, começou passar mal em dezembro, ficou internada no hospital municipal com suspeita de dengue e morreu em 4 de janeiro deste ano. A morte estava sob investigação pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), mas só agora foi confirmada.
Conforme a família da professora, Damiana estava se preparando para aposentar e não tinha problemas de saúde que poderiam contribuir para um caso grave da doença. “Minha mãe era saudável, disse Rafael Gonçalves em entrevista. Ele complementa: “Foi muito rápido, não deu tempo nem de me despedir dela”, desabafa.
6 mortes suspeitas de dengue em investigação
Segundo dados da secretaria, já foram confirmados 2,9 mil casos de dengue neste ano, em Goiás. Além do óbito registrado em Heitoraí, seis mortes estão sob investigação: quatro em Goiânia, uma em Mozarlândia e outra em São Simão.
Atualmente, 14 municípios goianos encontram-se em situação de emergência devido ao aumento expressivo de casos da doença. Em 2023, Goiás enfrentou uma epidemia de dengue, com 321 mil casos confirmados e 429 mortes.
Casos de dengue em Goiás
Goiás já possui 2.914 casos de dengue confirmados e 7.262 notificados somente neste ano, segundo dados do painel de indicadores da Secretaria Estadual de Saúde (SES). E as autoridades de saúde estão percebendo o avanço da circulação do sorotipo 3, que possui potencial de provocar casos graves da doença.
Sintomas
A dengue é causada pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. Segundo informações do Ministério da Saúde, a doença é causada pelo mosquito que é considerado um inseto doméstico, que vive dentro ou ao redor de domicílios ou de outros locais frequentados por pessoas, como estabelecimentos comerciais, escolas ou igrejas, por exemplo.
Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta, de início abrupto, que geralmente dura de dois a sete dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele. Entre os sintomas da doença estão:
- Febre alta;
- Dor no corpo e nas articulações;
- Dor atrás dos olhos;
- Mal-estar;
- Dor de cabeça;
- Manchas vermelhas no corpo.
Os sinais de alarme da doença são caracterizados principalmente por:
- Dor abdominal intensa e contínua;
- Vômitos persistentes;
- Acúmulo de líquidos;
- Sangramento de mucosa;
- Irritabilidade.
Evite a automedicação
O Ministério da Saúde reforça que em caso de suspeita da doença é importante aumentar a hidratação e evitar a automedicação. Além de procurar atendimento para identificar se realmente se trata da doença e receber o tratamento médico adequado.
Mais Goiás
Apenas metade das doses da vacina contra a dengue foram administradas no Brasil, diz SBIm
A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) fez um alerta nesta sexta-feira (24) sobre a baixa procura pela vacina contra a dengue, disponível em 1.9 mil cidades com maior incidência da doença. Até o momento, apenas metade das doses distribuídas pelo Ministério da Saúde foram aplicadas.
Entre 2024 e 20 de janeiro de 2025, o Ministério da Saúde distribuiu 6.370.966 doses, mas 3.205.625 já foram aplicadas. O Brasil registrou em 2024 um número recorde de casos de dengue, com 6.629.595 casos prováveis e 6.103 mortes, além de 761 óbitos sob investigação. Em 2025, até o momento, são 101.485 casos e 15 mortes confirmadas.
O alerta ocorre em um momento de maior circulação do sorotipo 3 (DENV-3) da dengue, que não estava em circulação predominante no Brasil desde 2008. O Ministério da Saúde também intensificou ações de prevenção, como o Plano de Ação para Redução da Dengue, focando no controle do mosquito Aedes aegypti e no monitoramento das arboviroses.
A vacina Qdenga, produzida pelo laboratório Takeda Pharma e aprovada pela Anvisa, foi distribuída no Brasil a partir de fevereiro de 2024. No entanto, devido à capacidade limitada de produção, o governo restringiu a vacinação a crianças de 10 a 14 anos, a faixa etária com maior número de hospitalizações. A vacina é aplicada em duas doses, com intervalo de 90 dias.
Mônica Levi, presidente da SBIm, ressaltou que o Brasil foi o primeiro a oferecer a vacina na rede pública e destacou que a Qdenga é segura e eficaz.
“Qualquer vacina para ser aprovada e licenciada no país passa por uma série de critérios de aprovação, e essa vacina Qdenga, do laboratório Takeda, foi aprovada no Brasil, na Europa, na Argentina, em vários da Ásia, em vários países do mundo”, explicou a presidente.
Em 22 de janeiro, o Instituto Butantan iniciou a produção de uma nova vacina, chamada Butantan-DV, que ainda precisa ser aprovada pela Anvisa. Apesar disso, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou que a vacinação em massa não será realizada em 2025.
Agência Brasil
Saiba como é feita investigação de mortes causadas por dengue em Goiás
O Estado de Goiás já registrou, no ano de 2025, um total de 1.628 casos confirmados de dengue e 4.403 notificações da doença. Atualmente, seis óbitos suspeitos por dengue estão em investigação e passarão por análise do Comitê Estadual de Investigação dos Óbitos Suspeitos por Arboviroses
O trabalho do comitê segue as Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue do Ministério da Saúde (MS) e busca identificar os fatores determinantes para o óbito, confirmando ou descartando a morte pela doença.
Assim que um paciente morre pelas chamadas arboviroses (dengue, chikungunya e zika), a unidade de saúde tem o prazo de 24 horas para notificar ao serviço de vigilância epidemiológica dos municípios e Estado.
Investigação de mortes por dengue em Goiás
Depois que isso ocorre, as Secretarias Municipais de Saúde preenchem um formulário detalhado com todo o histórico do caso, incluindo todas as unidades por onde o paciente passou, informações sobre o atendimento realizado nesses locais, além de dados da investigação domiciliar feita com os familiares. O encerramento dos casos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do MS precisa ser feito em até 60 dias.
A subsecretária de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), Flúvia Amorim, explica que o comitê tem como principal objetivo investigar todos os óbitos suspeitos cuja causa principal ou secundária foi registrada como sendo por arboviroses, em especial a dengue.
O trabalho garante o encerramento dos casos de maneira adequada, com dados fidedignos que vão nortear as ações de assistência, vigilância e combate a essas doenças.
“Vamos imaginar que uma pessoa teve dengue, confirmou o caso, foi notificado como dengue, e quando a gente cruza os sistemas de informação (Sinan e Sistema de Informação sobre Mortalidade), a gente descobre que a pessoa não morreu realmente por dengue, mas, por exemplo, num acidente de trânsito. Fora essas causas externas, a gente tem outras doenças também. Às vezes é uma pessoa que já está em tratamento de câncer, em fase terminal, e que a dengue não foi a causa principal que a levou à morte”, esclarece.
Flúvia Amorim destaca ainda que o comitê tem papel importante na hora de identificar se as unidades de saúde estão seguindo o protocolo de manejo clínico do paciente preconizado pelo MS. Conforme a subsecretária, a identificação de algum problema durante a investigação ajuda a pasta a trabalhar melhor as capacitações com os profissionais de saúde para o manejo clínico adequado, diminuindo, assim, a quantidade de óbitos por essas doenças.
Segundo o coordenador de arboviroses da SES-GO, Murilo do Carmo, muitas vezes a demora para concluir a investigação dos óbitos está relacionada a uma série de fatores, que incluem a necessidade de contatar a família no momento de luto, a demora no envio das informações pelas unidades de saúde e também para receber o resultado dos exames feitos por laboratórios de outros Estados após a coleta das amostras pelo Serviço de Verificação de Óbitos (SVO).
Estrutura
O comitê estadual conta com uma equipe multiprofissional com médicos, enfermeiros tanto da assistência quanto da vigilância, além de equipes do SVO e do Laboratório de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen-GO), visando a avaliação de toda a documentação que foi recebida durante a investigação daquele óbito.
Em algumas situações, os profissionais dos municípios onde aconteceram os óbitos também são convidados para participar das discussões. O trabalho visa subsidiar o gestor municipal em relação às fragilidades que precisam ser enfrentadas para que esse óbito por arbovirose seja prevenido.
Agência Cora de Notícias
Goiás lança Campanha contra Dengue, Zika e Chikungunya
O Governo de Goiás lançará nesta sexta-feira (13/12) uma campanha para a televisão e rádio sobre os cuidados para evitar criadouros com o mosquito da dengue durante as férias. Com o tema “O combate à dengue não pode tirar férias”, a campanha mostra que a melhor forma de combater o Aedes é evitar que ele nasça.
A Secretaria da Saúde de Goiás (SES-GO) alerta para o período chuvoso, que é propício para a reprodução do mosquito, e o período de férias, pois muitas pessoas viajam e deixam casas e quintais sem manutenção.
Segundo dados dos painéis de vigilância epidemiológica, a partir da semana epidemiológica 44, correspondente ao período de 27/10 a 2/11 já é possível notar aumento médio de 10% na quantidade de casos notificados.
Campanha Dengue, Zika e Chikungunya
Na semana 44, foram 1.186 casos notificados de dengue em Goiás, já na semana 45 foram 1.339 casos, aumento de 13%. A média de aumento dos casos nas semanas posteriores é de cerca 10%. O alerta para o combate ao Aedes é importante pois ele causa outras doenças como a chikungunya e zika.
O Estado de Goiás apresenta até o momento, 313.665 casos confirmados, 414 óbitos confirmados e 47 em investigação. O ano de 2024 foi o pior da série histórica para a dengue em todo o país. Todo tipo de recipiente que possa acumular água, seja dentro das casas, nos quintais, lotes baldios e lixões, deve ser acondicionado em sacos apropriados, fechados corretamente e colocados para a coleta.
O lixo descartado de forma incorreta já é identificado como um dos principais focos do mosquito no verão em Goiás. O secretário da Saúde de Goiás, Rasivel Santos, destaca a importância da atuação de todos no combate ao Aedes.
“Recentemente, na edição do Conecta Prefeitos em 18 de novembro, o governador Ronaldo Caiado pediu apoio aos gestores municipais na luta contra o mosquito. As gestões que se encerram e as que se iniciam devem estar empenhadas para que a situação de 2024 não se repita. Precisamos da atuação de todos: poder público e população. As campanhas ajudam no engajamento das pessoas nessa luta”, finaliza.
Outro importante alerta é a importância da segunda dose da vacina contra a dengue. Em Goiás, atualmente a vacina está disponível para a faixa etária de 6 a 16 anos. Até o momento, foram aplicadas no estado um total de 348.921 doses da vacina contra a dengue na faixa etária de 4 a 59 anos de idade, sendo 263.697 como 1ª dose e 85.224 como 2ª dose.
Desse grupo elegível ainda não retornaram para tomar a 2ª dose 127.675 ( 59,97%). Na faixa etária de 10 a 14 anos, 199.399 foram vacinadas. Destes, 147.239 tomaram a 1ª dose e 52.160 tomaram a 2ª dose. Desse grupo elegível ainda não retornaram para tomar a 2ª dose 76.135 ( 59,34%)
Agência Cora de Notícias
Mortes por dengue crescem mais de 610% em Goiás, Mineiros teve 6 casos
As mortes por dengue cresceram 613% em Goiás, neste ano, em relação ao anterior. Em 2024, foram 414 registros de óbitos contra 58 em 2023. Os dados são da Secretaria de Saúde de Goiás (SES-GO), que também apontam 45 casos suspeitos.
No Estado, Goiânia lidera em número de mortes e de suspeitas. São 63 e 17, respectivamente. Em seguida vem Anápolis, com 53 óbitos e 2 em investigação. Cristalina e Luziânia tiveram 25 e 18 registros de falecimentos, cada.
Ainda sobre as mortes, tiveram registros em Goiás: Valparaíso de Goiás (15), Caldas Novas (12), Águas Lindas de Goiás (9), Formosa (9), São Luís de Montes Belos (9), Aparecida de Goiânia (8), Novo Gama (8), Catalão (7), Aurilândia (6), Mineiros (6), Planaltina (5), Cidade Ocidental (5), Pirenópolis (5), Santa Helena de Goiás (5), Uruaçu (5), Vianópolis (5), Rio Verde (4), Santo Antônio do Descoberto (4), Acreúna (4), Iporá (4), Ceres (3), Cocalzinho de Goiás (3), Goianésia (3), Inhumas (3), Itapuranga (3), Leopoldo de Bulhões (3), Matrinchã (3), Padre Bernardo (3), Senador Canedo (3), Vila Propício (3), Trindade (2), Goianira (2), Silvânia (2) e Abadiânia (2).
Em Goiás, as vacinas estão disponíveis para a faixa etária de 6 a 16 anos. Dados do Estado informam que 348.921 doses do imunizante foram aplicados para um público de 4 a 59 anos.
Mais Goiás
Anvisa aprova ensaio clÃnico de comprimido contra dengue
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, nesta semana, o início dos testes clínicos de fase 2 de um antiviral em comprimido para o tratamento da dengue.
Hoje, não existe medicamento específico para atuar na replicação do vírus no organismo, e o tratamento consiste em lidar com os sintomas, como a desidratação, enquanto o sistema imunológico do paciente combate a infecção.
“Essa aprovação representa um passo importante para encontrar novas alternativas no tratamento da dengue, uma doença que afeta milhões de pessoas e carece de opções terapêuticas eficazes, além do manejo sintomático”, diz a autarquia em nota.
O sinal verde foi concedido após rigorosa análise da documentação submetida, que incluiu dados dos estudos clínicos de fase 1 e dos pré-clínicos, em animais e laboratório.
O remédio que será testado no Brasil é chamado de EYU688 e foi desenvolvido pelo laboratório Novartis.
O objetivo da etapa dos estudos que recebeu o aval da Anvisa, a segunda de três fases, é avaliar a farmacocinética (percurso que o medicamento faz no organismo), a segurança e a eficácia.
O medicamento será testado em pacientes infectados com qualquer um dos quatro sorotipos do vírus da dengue.
O estudo é do tipo randomizado duplo-cego, ou seja, parte dos participantes receberá o novo fármaco, e os demais receberão placebo, para que seja possível comparar os resultados e identificar o efeito do remédio – sem que os voluntários saibam em qual grupo foram inseridos.
Segundo a Anvisa, o princípio ativo do EYU688 atua numa proteína presente na membrana do vírus da dengue chamada de NS4B.
O objetivo é que a interferência do medicamento nesse complexo interrompa o processo de replicação do patógeno no organismo.
Além do Brasil, estudos com o medicamento estão sendo conduzidos em Cingapura, na Índia, na Malásia e no Vietnã.
Aqui, o objetivo da Novartis é incluir 38 pacientes, que serão recrutados em centros de pesquisa clínica localizados em Brasília, Sorocaba e São José do Rio Preto (SP), Manaus (AM) e Rio de Janeiro (RJ).
“Ensaios clínicos são os estudos de um novo medicamento realizados em seres humanos. A fase clínica serve para demonstrar a segurança e a eficácia do medicamento experimental para a indicação proposta.
Havendo a comprovação de que os benefícios superam os riscos, o medicamento experimental poderá ser registrado pela Anvisa e disponibilizado no mercado brasileiro, desde que haja a solicitação por parte da empresa desenvolvedora/patrocinadora do desenvolvimento clínico”, explica a agência.
Mais Goiás
Governo de Goiás emite alerta sobre a presença simultânea de dengue e chikungunya
O Governo de Goiás, através da Secretaria de Estado da Saúde (SES), está emitindo um alerta para gestores municipais de saúde e a população sobre a crescente incidência de arboviroses no Estado. Segundo dados obtidos pelo Laboratório Estadual de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen-GO), 65 municípios goianos estão enfrentando casos de dengue e chikungunya ao mesmo tempo.
Essas doenças, transmitidas pelo Aedes aegypti, têm sido detectadas em diversas regiões do estado, preocupando as autoridades de saúde. Em cinco desses municípios, ocorreram casos de coinfecção, onde 11 pessoas foram diagnosticadas com ambas as doenças simultaneamente, conforme revelado pelos exames de Reação em Cadeia da Polimerase (PCR).
"Pode parecer pouco, mas é preocupante. Estamos monitorando esses casos para ver se o fato de uma pessoa ter coinfecção aumenta a gravidade ou a chance de complicação, resposta que a gente ainda não tem", afirma Flúvia Amorim, superintendente de Vigilância em Saúde da SES.
Vinícius Lemes da Silva, diretor-geral do Lacen-GO, destaca a importância dos municípios enviarem amostras para análise, seja através dos serviços de vigilância locais ou diretamente pelas unidades de atendimento. Ele ressalta que a notificação de todos os pacientes é essencial, juntamente com o envio das amostras acompanhadas da ficha de notificação e registro no Sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL).
A orientação para o procedimento de coleta de amostras pode ser encontrada no manual disponibilizado no site da Secretaria de Saúde estadual.
Além disso, a superintendente Flúvia Amorim reforça a importância da vacinação de crianças de 10 a 14 anos contra a dengue. Embora a vacina não ofereça proteção contra a zika e a chikungunya, ela é tetravalente, proporcionando imunização contra os quatro sorotipos da dengue.
Olha Goiás
Com baixa procura, vacinas contra a dengue próximas de vencer são levadas para mais de 100 cidades
A baixa procura pela vacina da dengue fez com que a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás distribuísse a vacina para outros 112 municípios que ainda não haviam recebido nenhuma dose do imunizante. A expectativa, segundo a Superintende de Vigilância em Saúde de Goiás, Flúvia Amorim, é de que a vacina seja aplicada até o dia 30 de abril, quando perde a validade.
"A gente redistribuiu para outros 112 municípios, que ainda não tinham recebido, e a gente espera que esses municípios consigam utilizar o mais rápido possível essas vacinas para que a gente não tenha perdas”, disse Flúvia
A SES-GO ainda não divulgou a lista dos novos municípios que receberam as doses da vacina.
A superintendente ainda reforçou que a vacina Qdenga aplicada na rede pública de saúde é a mesma comercializada na rede privada, que, inclusive, está em falta. Ao todo, Goiás tem cerca de 86 mil doses próximas ao vencimento.
“Não tem mais vacina na rede privada e é a mesma vacina, mesmo laboratório. É tudo igual, é a mesma vacina. Na rede privada não tem mais para vender e na rede pública está sobrando vacinas”, reforçou Flúvia. Além disso, a superintendente garante que a baixa procura acende um alerta para a saúde pública.
"Nós temos uma vacina segura, eficaz disponível e as pessoas não estão procurando. Isso, com certeza, é um movimento que nos preocupa muito em relação à saúde pública, porque as consequências podem vir a médio e longo prazo."
Vale lembrar que Goiás foi um dos primeiros estados a ampliar a faixa etária de vacinação para 10 a 14 anos, após liberação do Ministério da Saúde, o que ocorreu no dia 29 de fevereiro. O grupo antes contemplado era o de crianças e adolescentes de 10 e 11 anos.
Nos três primeiros meses de 2024, Goiás já acumula mais de 75 mil casos de dengue confirmados. O número representa quase o triplo de casos confirmados durante todo o ano de 2023.
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