BRF abate 74 mil galinhas de forma preventiva para evitar risco de gripe aviária, em Goiás
A BRF, empresa que controla marcas como Sadia e Perdigão, fez um abate preventivo de 74 mil galinhas em uma granja em Santo Antônio da Barra, no sudoeste de Goiás. O abate aconteceu após a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) confirmar um caso de gripe aviária em galinhas de criação doméstica na cidade. Em nota, BRF disse que a medida incluiu apenas as aves de uma propriedade que estava no raio de vigilância do foco (leia nota completa ao final da matéria).
A BRF informou que o abate aconteceu no último fim de semana. A empresa não informou em qual unidade foi realizado o abate. O caso de gripe viária foi confirmado na sexta-feira (13). Segundo a empresa, a ação contou com aprovação do Ministério da Agricultura (Mapa) e da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás (Seapa).
Entramos em contato com o Mapa e a Seapa para saber mais detalhes sobre a aprovação do abate, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.
A Agrodefesa realiza ações emergenciais de vigilância no raio de 10 quilômetros ao redor do foco, com monitoramento intensivo do trânsito de aves, ovos e materiais avícolas, restrição de movimentações e reforço nas barreiras sanitárias e suspensão temporária de feiras e exposições com aves vivas nas regiões afetadas.
De acordo com o diretor da Agrodefesa, Rafael Vieira, todas as decisões foram realizadas em caráter preventivo para afastar a possibilidade de Influenza Aviária em criações comerciais. A Agrodefesa fez uma inspeção detalhada nas instalações para certificar que as aves estavam saudáveis, informou Rafael.
Caso confirmado
Segundo a Agrodefesa, o resultado foi divulgado após análises realizadas pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA) do Ministério de Agricultura e Pecuária (Mapa). O caso é isolado e sem impacto no comércio de produtos avícolas.
A Agrodefesa informou que a notificação da suspeita foi feita no dia 9 de junho, com relatos de mortes de, aproximadamente, 100 galinhas que apresentaram sinais como asas caídas, secreção nasal, dificuldade respiratória, apatia, diarreia e edema de face.
Riscos e educação sanitária
Segundo a Agrodefesa, a influenza aviária, de alta Patogenicidade (IAAP – H5N1), não representa risco à saúde humana, quando não há contato com aves doentes, e o consumo de carne e ovos continua seguro.
Conforme a Agência, o trabalho de educação sanitária também faz parte, por meio da conscientização de produtores, profissionais, imprensa e população local sobre os riscos e medidas de prevenção, além da necessidade de notificação em caso de suspeitas da doença.
Nota
A BRF informa que optou por realizar, de forma voluntária e preventiva, o abate de animais saudáveis localizados em uma granja da região de Santo Antônio da Barra (GO). A medida foi uma decisão estratégica da companhia e incluiu apenas as aves de uma propriedade que estava no raio de vigilância do foco. A ação, iniciada e concluída no último final de semana, contribui com os esforços de biosseguridade em todo o país e foi realizada com aprovação do Ministério da Agricultura (Mapa) e da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás (Seapa).
Por Aline Goulart, g1 Goiás
Foto: Arildo Palermo/TV Anhanguera
Jornalismo Portal Pn7
Bombeiros alertam para perigos do tabagismo na Campanha Maio Vermelho
O Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO) lança a campanha Maio Vermelho com o objetivo de alertar a população sobre os graves riscos do tabagismo em todas as suas formas, incluindo os cigarros eletrônicos.
A corporação alerta que o tabagismo é responsável por milhões de mortes prematuras anualmente e que a nova tendência dos cigarros eletrônicos, longe de ser inofensiva, causa rápida dependência e sérios danos à saúde. Assim, as ações de prevenção e incentivo à cessação do tabaco estão sendo intensificadas neste mês.
Como parte da campanha, o CBMGO convida a todos para a palestra online Os Desafios de Parar de Fumar, que será transmitida ao vivo no perfil do instagram @cbmgo na quarta-feira (07/05), às 9 horas.
Profissionais de saúde abordarão a importância da prevenção e os obstáculos enfrentados por quem deseja abandonar o cigarro, oferecendo informações valiosas para quem busca uma vida mais saudável.
As ações do Maio Vermelho não param por aí. Durante todo o mês de maio, militares interessados em parar de fumar poderão agendar avaliações médicas pneumológicas.
Já no dia 8 de junho, domingo, às 8 horas, será realizado o café da manhã e corrida Pulmão Limpo, um evento de incentivo à campanha que será realizado ao redor do Lago das Rosas, com saída às 8 horas e 30 minutos do BSE e chegada prevista para as 9 horas.
Para se inscrever na corrida, fumantes e não fumantes podem entrar em contato através do WhatsApp 3201-2121.
A iniciativa do CBMGO reforça o compromisso da corporação com a saúde e o bem-estar da sociedade goiana e de seus próprios membros. Através de informação, apoio médico e atividades de promoção à saúde, o Maio Vermelho busca estimular a interrupção do uso do cigarro em todas as suas formas, alertando para os perigos já conhecidos do cigarro tradicional e os riscos, muitas vezes subestimados, dos cigarros eletrônicos.
Agência Cora de Notícias
Água de coco guardada fora da geladeira causa morte de homem; entenda os cuidados necessários
Um homem de 69 anos morreu na Dinamarca após ingerir água de coco contaminada que ficou um mês fora da geladeira. Segundo a revista Emerging Infectious Diseases, ele apresentou sintomas graves três horas após o consumo, como náusea, vômito, sudorese intensa, confusão mental e perda de equilíbrio.
O coco, já descascado e com a polpa exposta, foi armazenado em temperatura ambiente, o que favoreceu a proliferação de um fungo perigoso. O idoso foi levado ao hospital com um quadro de inchaço cerebral severo e faleceu 26 horas depois, diagnosticado com encefalopatia metabólica e morte cerebral.
Testes laboratoriais identificaram a presença do fungo Arthrinium saccharicola, que produz o ácido 3-nitropropiônico — uma toxina com potencial de causar sérios danos ao cérebro.
Como armazenar coco de forma segura:
Cocos abertos ou descascados devem ser mantidos na geladeira (entre 4°C e 5°C) e consumidos em até 5 dias;
Cocos inteiros e fechados podem ser guardados fora da geladeira por alguns meses;
Alimentos com cheiro ou aparência alterados devem ser descartados.
Especialistas alertam que idosos, crianças e pessoas com imunidade baixa são mais suscetíveis a intoxicações alimentares. Por isso, cuidados com a validade e o armazenamento são fundamentais para evitar riscos à saúde.
Jornal Somos
Remédios devem ficar até 5,06% mais caros a partir de segunda (31)
A partir da próxima segunda-feira (31), os preços dos remédios em todo o Brasil ficarão mais caros. Estimativa baseada na fórmula de cálculo elaborada pela Cmed (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) indica reajuste de até 5,06%. O percentual, que serve como teto para as farmacêuticas, corresponde à inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) nos últimos 12 meses encerrados em fevereiro.
O reajuste médio, porém, deverá ser menor, ficando em 3,48%, o menor patamar desde 2018. Os números de 2025 serão divulgados até segunda pela Cmed, que é o órgão responsável pela regulamentação de preços. A autorização do reajuste aguarda a publicação no Diário Oficial da União.
O percentual de reajuste anual é calculado com base na inflação, da qual é descontada a produtividade da indústria farmacêutica e à qual são somados os custos de produção não captados pelo IPCA, como variação cambial, tarifas de energia elétrica e variação de preços de insumos.
O cálculo considera ainda três faixas de ajuste, de acordo com os níveis de concentração de mercado —do mais competitivo à menor concorrência.
Embora o novo reajuste passe a valer a partir de 31 de março, não significa que todos os medicamentos terão aumento imediato. O Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos) afirma que a grande concorrência entre as empresas do setor farmacêutico regula e segura os preços dos medicamentos.
Segundo o sindicato, os fabricantes e farmácias podem optar por repassar os aumentos de forma gradual ou absorver parte dos custos. Além disso, medicamentos com o mesmo princípio ativo e para o mesmo tipo de tratamento são vendidos por diferentes empresas e em milhares de pontos de venda, o que favorece a concorrência e pode segurar os preços.
Para quem depende de medicamentos de uso contínuo, a recomendação é pesquisar preços e aproveitar promoções para minimizar o impacto do reajuste. Além disso, programas de desconto oferecidos por laboratórios e farmácias podem ajudar a minimizar o impacto no bolso.
Nelson Mussolini, presidente executivo do Sindusfarma, afirma que, dependendo da reposição de estoques e das estratégias comerciais, aumentos podem demorar meses ou até nem acontecer.
No ano passado, o reajuste máximo autorizado foi de 4,5%, menor patamar desde 2020.
O setor farmacêutico é o único segmento de bens de consumo da economia brasileira submetido ao controle de preços. As indústrias farmacêuticas estão autorizadas a reajustar os preços de seus produtos somente uma vez por ano.
Em nota, o Sindusfarma diz que, no marco do atual modelo de controle de preços de medicamentos, “as empresas do setor têm notórias dificuldades para equilibrar suas contas. Na série histórica, o reajuste acumulado de preços de medicamentos está abaixo da inflação geral (IPCA)”.
Portal PN7
O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG), localizado em Goiânia, foi sede de uma cirurgia inédita na última terça-feira (18). Um homem chamado Ivan dos Santos Araújo, de 38 anos, passou por um procedimento no cérebro para o tratamento da obesidade mórbida (grau 3).
O médico que conduziu a operação foi o neurocirurgião Osvaldo Vilela. A cirurgia faz parte de um projeto de pesquisa cujo objetivo é o de analisar a efetividade da estimulação profunda bilateral do núcleo accumbens, por meio de eletrodos, no tratamento da obesidade. Trata-se de um método ainda em fase experimental, que não está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).
Ivan é de Goiânia e, antes de ser levado para o centro cirúrgico, pesava 158 quilos. Ele começou a ganhar peso aos 9 anos e passou por diversos tratamentos com nutricionistas e endocrinologistas. Em 2015, após um acidente, ele não conseguiu mais perder peso.
“Por ter de ficar parado demais, não poder me exercitar, eu não conseguia perder peso. E a obesidade atrapalha a vida em todos os aspectos, atrapalha andar, fazer qualquer coisa do dia a dia normal de uma pessoa”, disse Ivan ao portal Metrópoles. Ele conta que inicialmente teve receio, por se tratar de um método experimental, mas que depois de conversar com os médicos se sentiu confiante.
Cirurgia em mais quatro pacientes
Outros quatro pacientes participarão do projeto. Os cinco serão acompanhados pela equipe de neurocirurgia e endocrinologia do HC-UFG durante dois anos. O projeto está sendo desenvolvido em parceria com a Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos.
“A Universidade da Pensilvânia é uma das universidades que fazem parte da Ivy League, uma das mais importantes nos Estados Unidos. E lá nós temos um colega, Casey Halpern, e o grupo dele também está começando a tocar um projeto similar, mas num grupo específico de obesidade, então resolvemos fazer um estudo colaborativo”, informou o neurocirurgião Osvaldo Vilela.
Mais Goiás
Baixa cobertura vacinal da febre amarela: 72% do público-alvo foram vacinados em Goiás
Número está abaixo da meta de 95% estabelecida pelo Ministério da Saúde
O governo de Goiás mostrou preocupação com a baixa cobertura vacinal contra febre amarela: apenas 72,77% desse público-alvo, crianças menores de 1 ano, foram vacinados no Estado. O número está abaixo da meta de 95% estabelecida pelo Ministério da Saúde.
“Quando a cobertura vacinal está abaixo do esperado, aumentam as chances de surtos da doença”, explica a Gerente de Imunização da secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO), Joice Dorneles. Neste ano, o País já registrou 45 casos da doença em São Paulo, Minas Gerais, Tocantins e Pará. São 21 óbitos confirmados.
Sobre a doença, ela é viral, transmitida por mosquitos silvestres, como os dos gêneros Haemagogus e Sabethes, comuns em áreas rurais e de mata. De evolução rápida, ela pode levar a complicações graves, como insuficiência hepática e renal, hemorragias e, em casos extremos, à morte.
No Estado, não há casos registrados desde 2017. Entretanto, a SES-GO esclarece que a vacinação é a principal forma de prevenção, comprovada cientificamente há décadas.
Inclusive, a vacina é ofertada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ela está no calendário básico de imunização das crianças de 9 meses a menores de 5 anos (sendo uma dose aos 9 meses e uma dose de reforço aos 4 anos), bem como a dose única na população de 5 a 59 anos não vacinada.
Melhora em Goiás, mas não suficiente
Nos últimos anos, em Goiás, a cobertura vacinal tem melhorado, mas não o suficiente, conforme os 95% preconizados pelo Ministério da Saúde. Em 2022, 63,68% do público-alvo foi vacinado. Em 2023, foram 67,57% e, em 2024, 72,77%.
Mais Goiás
Goiás tem mais de 11 mil afastamentos por saúde mental em 2024
Em 2024, mais de 11 mil trabalhadores em Goiás precisaram se afastar do trabalho por problemas de saúde mental. Desse total, a ansiedade e a depressão figuram como principais causas, com 2.953 e 2.750 casos, respectivamente. O estado acompanha uma tendência nacional preocupante, que aponta recordes de licenças por transtornos psicológicos.
Especialistas alertam para a necessidade de intervenções rápidas no ambiente corporativo e políticas públicas voltadas ao bem-estar dos trabalhadores.
Com um dos maiores índices da região Centro-Oeste, Goiás só fica atrás do Distrito Federal no número de afastamentos por transtornos psicológicos.
Os números de afastamentos por transtornos psicológicos em Goiás refletem uma crise que vem crescendo nos últimos anos. Com 11.119 casos registrados em 2024, o estado se posiciona como o segundo com maior número de licenças da região Centro-Oeste, perdendo apenas para o Distrito Federal, que totalizou 14.049 afastamentos.
Os transtornos de ansiedade lideram os motivos de afastamento entre os trabalhadores goianos, com 2.953 casos, seguidos pela depressão, com 2.750. A situação se repete em outros estados vizinhos, embora com números menores.
Mato Grosso registrou 4.069 afastamentos por saúde mental (1.283 por ansiedade e 1.203 por depressão), enquanto Mato Grosso do Sul teve 8.545 afastamentos (2.516 por ansiedade e 2.408 por depressão).
O impacto no ambiente de trabalho
A sobrecarga, o estresse e a falta de suporte adequado são apontados como principais fatores para o crescimento dos afastamentos por transtornos psicológicos. Segundo o psicólogo ocupacional Marcos Silva, a busca por produtividade excessiva tem gerado ambientes hostis ao bem-estar emocional.
"O medo do desemprego, a pressão por resultados e a carga excessiva de trabalho têm sido fatores determinantes para o aumento desses afastamentos. Muitas empresas ainda negligenciam a saúde mental, e os trabalhadores são empurrados ao limite", alerta Silva.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 15% dos trabalhadores no mundo sofrem de transtornos mentais, sendo que a ansiedade e a depressão estão entre as principais causas de afastamento. No Brasil, o cenário é ainda mais preocupante, pois a taxa de afastamentos relacionados à saúde mental cresce a cada ano.
Outro fator preocupante apontado pelo especialista é a cultura do presenteísmo, onde funcionários seguem trabalhando mesmo adoecidos, agravando ainda mais o quadro clínico.
“Além das faltas justificadas por atestados médicos, muitos trabalhadores continuam em seus postos de trabalho, mas sem produtividade devido ao sofrimento mental. Isso gera um efeito dominó na equipe e reduz o desempenho geral da empresa”, acrescenta Silva.
A falta de políticas organizacionais voltadas à saúde mental também se reflete na alta rotatividade de funcionários, impactando o ambiente corporativo e a qualidade do trabalho entregue. Empresas que investem em suporte psicológico e ações preventivas apresentam índices menores de afastamento e maior retenção de talentos.
Processos periciais e reconhecimento das doenças
A perita médica Carolina Mendes explica que os transtornos psicológicos têm ganhado mais reconhecimento nas avaliações periciais, mas a prova da relação entre a doença e o trabalho ainda é um desafio.
"A caracterização da doença ocupacional para transtornos mentais ainda enfrenta barreiras, pois são múltiplos fatores envolvidos. Mas os dados mostram que estamos diante de um problema sistêmico", afirma a especialista.
No mundo, transtornos mentais representam cerca de 12 bilhões de dias de trabalho perdidos anualmente, resultando em um impacto econômico superior a US$ 1 trilhão, segundo a OMS. Esse dado ressalta como a negligência com a saúde mental também impacta a produtividade e a economia.
Carolina ainda ressalta que a demora na concessão de benefícios previdenciários agrava a situação dos trabalhadores que já estão em sofrimento mental. “Os longos períodos de espera para perícias e decisões sobre afastamentos causam um estresse adicional, prejudicando ainda mais a recuperação do trabalhador”, pontua.
Ela enfatiza que a atualização de diretrizes periciais e um melhor preparo dos avaliadores para identificar os impactos do trabalho na saúde mental são fundamentais para garantir um reconhecimento mais justo dessas doenças.
Direitos do trabalhador
A advogada trabalhista Fernanda Costa destaca que os trabalhadores afastados por transtornos psicológicos têm direito a benefícios previdenciários, como o auxílio-doença, e que as empresas precisam cumprir medidas de prevenção obrigatórias.
"A empresa deve fornecer um ambiente de trabalho saudável e medidas para prevenir o adoecimento mental, como acompanhamento psicológico e gestão humanizada. Em casos de negligência, o trabalhador pode buscar reparo judicial", explica Fernanda.
Segundo a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), no artigo 157, é dever das empresas cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho. Além disso, o artigo 19 da Lei 8.213/1991 prevê que, se a doença mental for caracterizada como ocupacional, o trabalhador tem direito a estabilidade de 12 meses após o retorno ao trabalho.
Já a Constituição Federal, no artigo 7º, inciso XXII, garante a redução dos riscos inerentes ao trabalho por meio de normas de saúde, higiene e segurança. Esses dispositivos reforçam a obrigação das empresas em adotar medidas preventivas para garantir a integridade física e mental de seus funcionários.
A advogada reforça que, em casos graves, o trabalhador pode pleitear indenização por danos morais e materiais caso a empresa tenha sido omissa. “A Justiça do Trabalho tem reconhecido cada vez mais os impactos do ambiente de trabalho na saúde mental dos empregados, concedendo reparações financeiras significativas em situações comprovadas de assédio moral, sobrecarga e falta de suporte psicológico”, destaca Fernanda.
Ela ainda menciona que políticas empresariais eficazes podem reduzir significativamente os afastamentos e minimizar os riscos legais para as empresas. “Programas de bem-estar mental, flexibilização da jornada e acompanhamento contínuo são investimentos que trazem benefícios para ambas as partes”, conclui.
Comparativo Global e Local
Se compararmos os números de Goiás com os dados globais, observamos que a crise da saúde mental está longe de ser um problema local. A OMS aponta que cerca de 15% dos trabalhadores no mundo sofrem de transtornos mentais.
No Brasil, os afastamentos relacionados a esses problemas cresceram mais de 30% nos últimos dez anos. No estado de Goiás, os 11.119 afastamentos representam um dos maiores índices da região Centro-Oeste.
A Redação
Goiânia registra quase 5 mil casos de doenças respiratórias no ano
Segundo informações divulgadas pela Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS), a capital registrou 4.745 casos de doenças respiratórias nos primeiros meses de 2025. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (11) e ainda de acordo com a pasta, as síndromes mais comuns são: influenza, bronquiolite, pneumonia e covid-19.
O titular da SMS, Luiz Pellizzer, acredita que esse aumento está relacionado com o fim do período de carnaval e a volta às aulas após o feriado prolongado. “O aumento de infecções das vias aéreas superiores com a volta às aulas e o período pós-carnaval, além do avanço da dengue, pressiona a rede de saúde”.
Diante dessa situação, a secretaria alerta para a importância da vacinação contra covid-19 e influenza, que previne o desenvolvimento de formas graves das doenças, além do cadastramento das crianças que tem direito a receber medicação gratuita contra bronquiolite pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
De acordo com a SMS, Goiânia tem 15 óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) confirmados em 2025, a maioria de idosos (7) e crianças menores de um ano de idade (3). A principal causa de doenças respiratórias em crianças menores de dois anos é a infecção por vírus sincicial respiratório (VSR), enquanto em crianças de 2 a 14 anos prevalecem as infecções por rinovírus. Já entre os idosos, os maiores índices de contaminação são por Covid-19.
Cuidados
Médicos especialistas orientam que medidas simples, como a higienização constante das mãos, podem evitar a disseminação de agentes patógenos que causam síndromes respiratórias, como vírus, bactérias e fungos.
Além disso, a SMS recomenda que as pessoas cubram a boca e o nariz ao tossir ou espirrar e evitem o contato com pessoas sintomáticas. Evitar aglomerações, usar álcool em gel, evitar o compartilhamento de objetos pessoais e utilizar máscaras de proteção facial ao visitar crianças menores de 2 anos são outras recomendações para a diminuição dos números das doenças.
Segundo o Ministério da Saúde, oito dos 11 estados que compõem as regiões norte e centro-oeste, incluindo Goiás, estão ao nível de risco/alerta por SRAG.
Mais Goiás
Brasil registra primeiro caso de nova cepa de mpox
O Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso de infecção pela cepa 1b da mpox no Brasil. Segundo a pasta, a paciente, uma mulher de 29 anos que mora na região metropolitana de São Paulo, teve contato com um familiar que esteve na República Democrática do Congo, país que enfrenta surto da doença.
Em nota, o ministério informou que o caso no Brasil foi confirmado laboratorialmente, por meio da realização de sequenciamento para caracterizar o agente infeccioso. O exame permitiu a obtenção do genoma completo que, segundo a pasta, é muito próximo aos de casos detectados em outros países.
Ainda de acordo com o ministério, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já foi informado sobre o caso e a pasta, junto às secretarias estadual e municipal de Saúde, solicitou o reforço da rede de vigilância epidemiológica e o acompanhamento da busca ativa de pessoas que tiveram contato com a paciente.
Centro de emergência
Em resposta à declaração de emergência em saúde pública de importância internacional por mpox, decretada pela OMS em agosto de 2024, o ministério instituiu o Centro de Operações de Emergências (COE) para a doença que, segundo a pasta, permanece ativo no intuito de centralizar e coordenar as ações.
Em 2024, o Brasil registrou 2.052 casos de mpox. Até o início de fevereiro, 115 casos de cepas da doença haviam sido notificados, mas nenhum deles, até então, era da cepa 1b. Nenhum óbito por mpox foi identificado no Brasil ao longo dos últimos dois anos e a maioria dos pacientes, segundo o ministério, apresenta sintomas leves ou moderados.
A doença
Causada pelo vírus Monkeypox, a doença pode se espalhar entre pessoas e, ocasionalmente, do ambiente para pessoas, por meio de objetos e superfícies que foram tocados por um paciente infectado. Em regiões onde o vírus está presente entre animais selvagens, a doença também pode ser transmitida para humanos que tenham contato com os animais infectados.
A mpox pode causar uma série de sinais e sintomas. Embora algumas pessoas apresentem sintomas menos graves, outras podem desenvolver quadros mais sérios e necessitar de atendimento em unidades de saúde.
O sintoma mais comum é a erupção na pele, semelhante a bolhas ou feridas, que pode durar de duas a quatro semanas. O quadro pode começar com ou ser seguido de febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, apatia e gânglios inchados. A erupção cutânea pode afetar o rosto, as palmas das mãos, as solas dos pés, a virilha, as regiões genitais e/ou anal.
As lesões também podem ser encontradas na boca, na garganta, no ânus, no reto, na vagina ou nos olhos. O número de feridas pode variar de uma a milhares. Algumas pessoas desenvolvem ainda inflamação no reto, que pode causar dor intensa, além de inflamação dos órgãos genitais, provocando dificuldade para urinar.
Entenda
A mpox é considerada doença endêmica na África Central e na África Ocidental desde a década de 1970. Em dezembro de 2022, a República Democrática do Congo declarou surto nacional de mpox, em razão da circulação da cepa 1 do vírus.
Desde julho de 2024, casos da cepa 1b vêm sendo registrados em países como Uganda, Ruanda, Quênia, Zâmbia, Reino Unido, Alemanha, China, Tailândia, Estados Unidos, Bélgica, Angola, Zimbábue, Canadá, França, Índia, Paquistão, Suécia, Emirados Árabes Unidos, Omã, Catar e África do Sul.
Canal Rural
Com dobro de mortes por alcoolismo, Saúde alerta para consumo de álcool durante o Carnaval
Em meio às comemorações do Carnaval, a Secretaria de Estado da Saúde alerta sobre os riscos do alcoolismo, um problema de saúde pública que pode ter consequências fatais. De acordo com dados do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa), a prevalência de mortes entre pessoas internadas devido ao uso de álcool no Brasil dobrou de 3% em 2010 para 6% em 2023.
Outra pesquisa, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), revela que uma em cada 33 mortes no país está relacionada a doenças hepáticas, incluindo a esteatose, causadas ou aceleradas pelo alcoolismo. Além disso, o alcoolismo também pode causar danos sociais e emocionais, como perda de emprego, relacionamentos e saúde mental.
Um exemplo disso é o caso de um paciente de 38 anos que busca apoio no Complexo de Referência Estadual em Saúde Mental Prof. Jamil Issy (Cresm), unidade do Governo de Goiás que atende pessoas com dependências químicas. Ele relata que o alcoolismo o levou a perder tudo, incluindo profissão, casa, esposa e o contato com o filho de 8 anos.
Essa história faz parte dos 8,7 mil pacientes atendidos pelo Cresm de 2020 a 2024, dos quais 83,64% identificaram o álcool como sua principal substância de abuso.
O médico psiquiatra e diretor técnico do Cresm, Danilo Fiorotto, alerta que o álcool é um perigo e não pode ser minimizado, mesmo em épocas festivas como o Carnaval.
“A forma como a sociedade encara o uso do álcool, sua normalização é um problema, porque as pessoas tendem a beber cada vez mais cedo e em situações sociais”, cita. “Todo consumo tem riscos, e pode evoluir de um ato de busca pelo prazer para se tornar compulsão, necessidade”.
O Cresm oferece atendimento multidisciplinar e multiprofissional para pacientes com dependências químicas, incluindo médicos, psicólogos, assistentes sociais, odontólogos e educadores físicos. O acesso ao Cresm se dá pelo ambulatório ou pela internação, e os pacientes são encaminhados pelas unidades que integram a Rede de Atenção Psicossocial (RAPs).
“É importante que as pessoas busquem ajuda quando precisam”, destaca o médico Danilo Fiorotto. “O alcoolismo é uma doença que pode ser tratada, e é importante que as pessoas não sejam estigmatizadas por isso”.
Mais Goiás
Enquete Eldorado
Você já baixou o aplicativo da Rádio Eldorado?
Total de votos: 4

































